Aos 10, 11 anos de idade, em Santarém, no endereço da Rua Galdino Veloso, 1158, no bairro da Aldeia, quando eu ía enterrar o lixo doméstico no quintal, uma prática então recomendada por meu pai porque não havia coleta porta a porta (1975-1976), era comum achar nas escavações superficiais, as "caretas", pequenos artefatos de cerâmica indígena. A detecção dos novos sítios foi realizada por meio do projeto "Análise das Socio-cosmologias Amazônicas Pré-Coloniais", financiado pela Fapesp e coordenado pela arqueóloga Denise Maria Cavalcante Gomes, que escava outros sítios na região. Um desses exatamente no bairro da Aldeia, um vasto sítio arqueológico do período pré-colonial. As escavações estão ocorrendo nos quintais de moradores e comerciantes do referido bairro. Eu lembro de ter ligado para o setor de arqueologia do Museu Paraense Emílio Goeldi há pelo menos uns 5 anos atrás para relatar a existência desse sítio. Não sei se há relação com a minha comunicação, mas fico satisfeito pela pesquisa arqueológica empreendida e desejo que os visitantes e turistas que afluem com cada vez mais frequência à Pérola do Tapajós, possam apreciar logo mais esses verdadeiros tesouros ancestrais em Museus organizados especialmente para abrigar tais preciosidades. ( Com inf. , foto de Denise Gomes e G1)
Um comentário:
Desde rapazola já havia ouvido falar desses sítios no bairro da aldeia, principalmente quando uma chuvarada daquelas abriu valas na barjonas de Miranda e veio à tona vários desses achados. Acredito piamente no registro mencionado e acho que outras descobertas advirão. Qdo moleque, ao passar por uma casa lá na orla da cidade (Mascotinho)havia um certo Dr. que colecionava cerâmicas tapajônicas. Da rua mesmo via algumas delas arrumadas em cima de certos móveis, mas sobre isto, nada posso afiançar, pois, eu era apenas um menino curioso e sonhador.
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